A operação de box de 3 pontas é muito utilizada por institucionais, por exemplo, para gerar crédito tribuário.
O box de 3 pontas, quando montado sozinho, costuma pagar um pouco menos ou um pouco mais do que o CDI, não compensando, principalmente a depender dos custos de corretagem e exercício de opções na corretora onde o operador faz seus trades.
No entanto, é uma excelente ferramenta para gerar crédito tributário.
Vamos a seguinte situação hipotética:
Digamos que PETR4 (R$30) anunciou dividendos de R$1 com DATACOM dia 15 e DATAEX dia 16.
A data do vencimento das opções é dia 20.
Sendo assim, no dia 13 compramos 100 PETR4 por R$30, Vendemos 100 CALL no strike R$30 e Compramos 100 PUT também no strike R$30.
Dessa forma, no dia 16 você terá garantido o recebimento de R$1 dos dividendos, e o papel, assim como o strike das opções sofrerá o ajuste. Ou seja, o strike passará a ser R$29, ao invés de R$30.
Sendo assim, no dia 20, você será exercido na CALL ou a PUT sofrerá também exercício automático e você será obrigado (ou exercerá o direito) de vender PETR4 por R$29. Sofrendo assim um prejuízo de R$1 por unidade (100 x R$1) = R$100 de prejuízo tributário.
Porém, esse valor de R$100 foi garantido na DATAEX.
Então o prejuízo é apenas contábil, não refletindo prejuízo financeiro real em sua conta.
De maneira proposital, deixei de fora os cálculos do recebimento do crédito na montagem do box, apenas para não causar confusão. Em novo post somente sobre box de 3 pontas trarei a operação completa. Assim como aprofundarei o tema do ajuste dos strikes.
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